A revista espanhola Diecisiete acaba de publicar o seu oitavo número: “La Renovación del Contrato Social para Garantizar la Implementación de la Agenda 2030”. Entre os trabalhos desta edição, está o artigo do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) “La Socioeconomía Circular y su Contribución a un Nuevo Contrato Social”, na tradução, “A Socioeconomia Circular e sua contribuição para um novo contrato social”.
Como forma de contribuir com as discussões internacionais sobre o tema, a publicação apresenta uma revisão conceitual sobre economia circular e sobre a nova proposta de socioeconomia circular, com o caso da produção de cobogós dentro do Ecossistema de Inovação Social Lagoa Mundaú, na cidade de Maceió, Alagoas.
Eric Sawyer, um dos autores do artigo e presidente do Conselho Deliberativo do Instituto, explica mais sobre o conceito de socioeconomia circular, que, além de gerar os benefícios conhecidos da economia circular, tem o desenvolvimento local de pessoas em situação de vulnerabilidade social como principal objetivo. “Trazemos exemplos como o Cobogó Mundaú, fabricado com conchas previamente descartadas ao ar livre, que já geraram mais de R$100 mil em renda direta por meio da compra e empregos formais, além de já ter retirado cerca de 80 toneladas de conchas das ruas do bairro Vergel, onde o projeto é implementado”, diz Sawyer.
A Revista Diecisiete nasceu de uma colaboração entre o Centro de Inovação em Tecnologia para o Desenvolvimento da Universidade Politécnica de Madrid (itdUPM) e a Acción contra el Hambre, organização humanitária global que se empenha em acabar com a fome no mundo. O objetivo da revista é contribuir para o alcance da Agenda 2030 por meio da ciência, da pesquisa e da disseminação do conhecimento. Atualmente, o IABS e a UPM desenvolvem uma série de atividades envolvendo a difusão e a troca de conhecimento, ensino e geração de conhecimento.
Socioeconomia circular: um modelo inclusivo
A Socioeconomia Circular é uma proposta inovadora que busca consolidar um modelo econômico mais inclusivo, ético e sustentável por meio da inovação em processos sociais participativos. Utilizando uma importante contribuição no trabalho com sistemas fechados e circulares, a socioeconomia circular propõe acrescentar a este sistema, de forma mais qualitativa e estruturante, o componente social, que se torna o promotor e impulsionador para a transformação da realidade.