Ao longo do primeiro semestre de 2024, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) realizou três oficinas com as 20 marisqueiras da Comunidade do Vergel do Lago, em Maceió (AL), que são beneficiárias do Projeto Sururu – Conchas que Transformam. O objetivo foi capacitar essas mulheres e transformá-las em multiplicadoras da frente de preservação local. Com isso, as ações foram pensadas como uma forma de fortalecer o papel social das beneficiárias, provendo sinergia com a comunidade, novos conhecimentos e caminhos.
As oficinas junto às marisqueiras foram pensadas em três temas que puderam trazer um maior desenvolvimento pessoal, profissional e ambiental. Confira mais detalhes de cada uma das oficinas e as temáticas trabalhadas:
- Geração de renda
No dia 30 de janeiro, no Entreposto do Sururu, a primeira oficina foi guiada pelo instrutor José Cícero dos Santos, que ensinou as marisqueiras a fabricarem sabão sustentável a partir do óleo de cozinha descartado. A ideia é que a venda desse sabão possa ser uma alternativa de renda para as marisqueiras em períodos de baixa produção do sururu.
- Alimentação saudável
A segunda oficina ocorreu nos dias 3 e 4 de abril e foi conduzida pelo Centro de Reabilitação e Educação Nutricional (CREN). Com o auxílio de um educador social, uma nutricionista e uma estagiária em nutrição, as marisqueiras aprenderam receitas acessíveis e de alto valor nutricional, para melhor aproveitamento dos alimentos e evitando o desperdício. Entre as receitas, estavam panqueca de banana, torta de frigideira com batata doce e carne de casca de banana.
Ao final da oficina, as marisqueiras receberam um kit contendo ingredientes suficientes para replicarem uma receita com suas famílias.
- Ambiental
Em parceria com o Nosso Mangue, uma ONG local de extrema proximidade com as marisqueiras e pescadores da região, a terceira e última oficina do semestre aconteceu nos dias 3 e 10 de junho. A atividade incluiu um percurso aos manguezais da Lagoa Mundaú, mostrando para as marisqueiras a importância desse ecossistema para a pesca artesanal e a maricultura. Além disso, a iniciativa permitiu que elas aprendessem sobre os diferentes tipos de mangue e plantassem mudas nativas de mangue branco, vermelho e preto, contribuindo para a recuperação desse ecossistema essencial para a preservação do complexo estuarino lagunar mundaú manguaba.
Todas as três oficinas de capacitação e desenvolvimento foram realizadas em parceria com a ENGIE Brasil Energia.