Com um total de 149 candidaturas e 26 países que enviaram os seus projetos, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) foi um dos cinco finalistas do Prêmio Super-Heróis do Desenvolvimento 2024, organizado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID). A cerimônia de premiação aconteceu nesta segunda, 9 de dezembro, em Washington, D.C, e contou com a presença do Diretor-Presidente do IABS, Luís Tadeu Assad.
O reconhecimento veio por meio das ações de Socioeconomia Circular do Instituto, em especial, a de transformar resíduos em matéria-prima para produtos inovadores, como foi o caso do Cobogó Mundaú.
“Essas ações são um trabalho conjunto de fabricações em conjunto com a própria comunidade e, nelas, temos esse grande exemplo de inovação: uma que gera renda, sustentabilidade e dignidade para essas comunidades. Essas ações foram pensadas não só para resolver o problema ambiental, mas principalmente para transformar vidas, deixar um verdadeiro legado de transformação”, destacou o Diretor-Presidente do IABS, Luís Tadeu Assad, durante a cerimônia.
Super-heróis do Desenvolvimento é uma iniciativa da AcademiaBID com o objetivo de reconhecer instituições que se destacam na resolução bem-sucedida de desafios durante a etapa de implementação de projetos de desenvolvimento. A premiação leva em consideração as melhores lições aprendidas deixadas pelas operações, por serem estas histórias que podem inspirar a implementação efetiva de outras iniciativas.
Socioeconomia Circular e o nosso legado
Em Maceió (AL), 300 toneladas de conchas de sururu são descartadas todos os meses. Na Lagoa Mundaú, mais de 1.500 famílias vivem da pesca e da mariscagem, mesmo quando o descarte inadequado dos resíduos produzidos por meio dessas atividades acarreta prejuízos ambientais e riscos para a saúde. Como parte desta iniciativa, foi trabalhado um desenvolvimento inovador: a utilização de cascas de sururu trituradas para serem transformadas em matéria-prima.
Agora, ao invés de virarem toneladas de resíduos na rua, essas cascas têm a chance de se tornarem revestimentos e textura de parede, e no produto Cobogó Mundaú. O propósito é gerar alternativas de renda, trazer mais qualidade de vida para a comunidade e diminuir os impactos ambientais das conchas de sururu descartadas nas ruas.
Atualmente, mais de 200 toneladas de conchas já foram ressignificadas como matéria-prima e mais de R$ 460 mil foram gerados como renda para pescadores e marisqueiras. Essas ações mostram que a socioeconomia circular pode ser uma força impulsionadora para o progresso e a inclusão, promovendo a dignidade e a melhoria na qualidade de vida das comunidades locais.