Nos dias 11 e 12 de junho, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) foi convidado para expor os resultados do Projeto Sururu – Conchas que Transformam, durante o GT de Agricultura, Aquicultura e Pesca do G20, em Brasília (DF). O convite veio por meio da Secretária Nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, do Ministério da Pesca e Aquicultura.
Entre os resultados apresentados na exposição estavam o cobogó Mundaú e os revestimentos de parede solar e fita, todos feitos em parceria com a Portobello. Os produtos em questão são fabricados a partir das cascas moídas de Sururu, após a extração da carne do molusco. Desta forma, ao invés de virarem resíduos, as conchas viram produtos de alto valor agregado. O Projeto Sururu – Conchas que Transformam faz parte do Ecossistema de Inovação Socioambiental da Lagoa Mundaú, com ações realizadas junto às marisqueiras da comunidade do Vergel do Lago (AL).
A exposição do IABS também contou com a participação do chefe de cozinha Timoteo Domingos, que preparou para os participantes uma degustação de pratos com o sururu, camarão e cacto.
Socioeconomia Circular
Os produtos advindos da concha do Sururu, como o Cobogó Mundaú e os revestimentos solar e fita, são exemplos inovadores de socioeconomia circular. Indo além do conceito de reduzir, reutilizar e reciclar, a socioeconomia circular repensa os produtos na lógica da circularidade e visa reinserir no mercado, materiais que seriam destinados à rua ou aos aterros sanitários. A ação está diretamente ligada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial a ODS 9, que visa uma infraestrutura resiliente, promover a industrialização sustentável e fomentar a inovação.
O G20
O “Grupo dos Vinte”, ou G20, reúne os países com as maiores economias do mundo para discutir iniciativas econômicas, políticas e sociais. Em novembro de 2024, o Rio de Janeiro irá sediar a Cúpula do G20, com a presença das lideranças de 19 países membros, mais a União Africana e a União Europeia.
Os preparativos para as Cúpulas do G20 giram em torno de uma Trilha de Sherpas, comandada por representantes oficiais dos líderes dos países-membros participantes. A Trilha é composta por 15 grupos de trabalho (GTs), duas forças-tarefa e uma Iniciativa. Entre os GTs do evento, está o de Sustentabilidade Ambiental e Climática, que tem sua discussão em torno da adaptação preventiva e emergencial frente a eventos climáticos extremos; pagamentos por serviços ecossistêmicos; oceanos; além de resíduos e economia circular.
Até a Cúpula em novembro, estão sendo realizadas mais de 100 reuniões dos grupos de trabalho e forças-tarefa que compõem o G20 nas cidades-sede das cinco regiões do Brasil.