Impacto na ostreicultura: Ostras e Comunidades finaliza ações em Alagoas

O projeto Ostras e Comunidades encerrou suas atividades no litoral sul de Alagoas com a entrega de resultados concretos para a cadeia produtiva da ostreicultura. Em um ano e meio de atuação, 30 famílias nos municípios de Roteiro, Coruripe e Barra de São Miguel — na vila Palatéia — foram beneficiadas com ações voltadas à assistência técnica, capacitação, infraestrutura de cultivo e incentivo à comercialização.

A iniciativa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), teve como foco o fortalecimento da ostreicultura de base comunitária, impulsionando o cultivo como alternativa de geração de renda e promovendo a profissionalização dos produtores, a padronização da produção e a redução da pressão sobre estoques naturais. O projeto também contribuiu para ampliar a participação das mulheres no setor e fomentar redes locais de comercialização.

Os resultados desse projeto são consequência direta de muito trabalho coletivo, construído em conjunto com as comunidades beneficiárias. Nesta matéria, te contamos um pouco mais sobre essa trajetória. 

Iniciado em 2024, o projeto Ostras e Comunidades beneficiou, diretamente, 30 famílias ligadas à ostreicultura no sul de Alagoas, nos municípios de Roteiro, Coruripe e Barra de São Miguel — na vila Palatéia

 

Resultados que carregam história, cuidado e propósito

Ao longo da execução do projeto, 30 famílias das comunidades alagoanas — de Roteiro, Barreiras de Coruripe e Vila Palatéia, foram diretamente apoiadas com assistência técnica especializada e participaram de oficinas e capacitações voltadas ao fortalecimento da ostreicultura local. A fim de corroborar com a profissionalização dos beneficiários, o Ostras e Comunidades apoiou a protocolização dos Registros Geral de Pescador e das licenças de aquicultor e aquicultora, documento importante para a formalização na aquicultura. Até o fim das atividades, foram 30 Registros Geral de Pesca mobilizados, 22 Licenças de Aquicultor emitidas e 08 Licenças de Aquicultor solicitadas.

Um dos objetivos estruturantes do projeto foi viabilizar, facilitar e fortalecer o cultivo de ostras nos territórios onde atuou. Por isso, para apoiar a infraestrutura, foram instalados 210 módulos produtivos e realizado o povoamento de 360 milheiros de sementes de ostras. Em maio e junho deste ano, também foram doados barcos com motores às comunidades, em paralelo com a entrega de 30 kits com equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais de manejo, garantindo mais segurança e eficiência às atividades produtivas. 

Na perspectiva de geração e troca de conhecimento, promoveu capacitação com temas importantes para a ostreicultura, como a importância da conservação dos manguezais para a cadeia produtiva, técnicas de cultivo, cuidado no transporte das sementes, o papel das mulheres na atividade e o uso correto dos EPIs. Como material complementar, uma apostila reuniu os principais conteúdos formativos aplicados durante a execução da iniciativa.

Em junho, último mês de atividades, o projeto Ostras e Comunidades promoveu uma de suas etapas estruturantes mais estratégicas: a rodada de negócios. A ação teve como foco evidenciar o potencial econômico, ambiental e gastronômico da ostreicultura no litoral sul alagoano, conectando os elos da cadeia produtiva a novas oportunidades de mercado.

Durante o evento, foram apresentados produtos derivados da ostra e estimuladas parcerias comerciais e investimentos no setor. A rodada proporcionou o encontro entre produtores e representantes de restaurantes, hotéis, mercados e gestores públicos, abrindo caminhos para o fortalecimento das redes locais e regionais de comercialização.

Alguns dos principais eixos de atuação do projeto envolveram: produção do diagnóstico socioprodutivo das comunidades, melhora da infraestrutura de cultivo — incluindo equipamentos, materiais e documentação —, capacitação dos beneficiários, acompanhamento técnico e apoio na comercialização

 

Legado na ostreicultura — trocas, aprendizados e experiências que vão além

“Nós somos beneficiados com as ostras e eu tenho certeza que, daqui para frente, as coisas vão ser melhores, com maior renda”. Essa é a fala de Maria Sebastiana da Conceição, ostreicultora em Palatéia e uma das beneficiárias. Suas expectativas para o futuro do cultivo de ostras no território são positivas, especialmente após a chegada do Ostras e Comunidades. Para ela, o projeto veio “em boa hora” e foi uma oportunidade para melhorar o cultivo local e apoiar, por meio de conhecimentos e infraestrutura, os produtores e produtoras. 

José Matias de Araújo também é ostreicultor de Palatéia. A doação de materiais e sementes, para ele, representou uma forma de facilitar o cultivo e transformar a ostreicultura a partir da sustentabilidade, integrando estratégias produtivas com o cuidado dos manguezais. 

Para apoiar a autonomia produtiva dos ostreicultores, foram instalados 90 módulos produtivos e realizado o povoamento de 360 milheiros de sementes de ostras

O Ostras e Comunidades é fruto da parceria entre o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade e o Ministério da Pesca e Aquicultura. As atividades iniciaram em 2024 e finalizaram em junho de 2025 — durante esse período, o projeto buscou fortalecer as comunidades produtoras de ostras no litoral sul alagoano, a fim também de ampliar a comercialização, gerando renda e trabalho de forma sustentável. Na jornada de apoio à ostreicultura de base comunitária, teve como missão:

  • Incentivar a adoção de boas práticas de manejo dos cultivos
  • Reduzir a pressão extrativista no estoque natural de ostras
  • Padronizar e qualificar a produção de ostras a partir de sementes de laboratórios
  • Impulsionar a comercialização dos produtos
  • Promover a participação de mulheres, diminuindo as barreiras de gênero na ostreicultura

 

Atuou a partir de diferentes eixos para concretizar essas ambições. Os principais estavam ligados ao diagnóstico socioprodutivo das comunidades, à melhora da infraestrutura de cultivo — incluindo equipamentos, materiais e documentação —, à capacitação dos beneficiários, ao acompanhamento técnico e ao apoio na inserção do mercado. Todo esse trabalho se mantém como legado nos municípios de Coruripe, Roteiro e na vila Palatéia, em Barra de São Miguel.

A rodada de negócios buscou conectar os ostreicultores com importantes setores estratégicos para comercialização das ostras nos territórios, como restaurantes, mercados e hotéis
O projeto apoiou apoiou a protocolização de 30 certificados de licença de aquicultor e aquicultora (RGP), documento importante para a formalização na aquicultura. Na imagem, a entrega de um dos registros na comunidade de Barreiras de Coruripe

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