Na última segunda-feira (25), a equipe do Entreposto do Sururu mobilizou um encontro para discutir letramento racial e educação anti-racista na comunidade Vergel do Lago, em Maceió (AL). A palestra foi direcionada às marisqueiras participantes do Projeto Sururu: Conchas que Transformam, à equipe da Empresa Social e à rede de parceiros do Projeto.
A atuação do Projeto Sururu: Conchas que Transformam junto às marisqueiras e à comunidade de Vergel do Lago vai além do trabalho relacionado à compra das conchas do sururu. Rotineiramente, a equipe do Entreposto do Sururu se dedica à organização de encontros e atividades voltadas para questões sociais e educacionais, incluindo o acesso à informação e a conscientização sobre direitos.
Letramento racial para garantia de direitos
Conduzida pelo mestre em letramento racial e professor de Letras na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Mauber Santos, a palestra reforçou a importância da conscientização racial para o combate ao racismo, reivindicação de direitos e reconhecimento de identidade.
Saysia Salomão, Assistente Social do IABS Empresa Social e uma das organizadoras da palestra, conta que toda a equipe se esforçou muito, em tempo e dedicação, para construir esse momento de reflexão junto às marisqueiras, aos funcionários do chão de fábrica do Entreposto e às instituições parceiras. “O assunto é denso, mexe com o emocional de muitas pessoas. Foi tratado, nesse primeiro momento, de uma forma leve e didática. Pretendemos aprofundar esse tema ano que vem, com oficinas e outros tipos de atividades”, complementa.
A atividade aconteceu na sede da Cooperativa de Marisqueiras Mulheres Guerreiras (Coopmaris) e contou com a presença de diversos parceiros do Projeto Sururu: Conchas que Transformam.
Sobre o Projeto Sururu: Conchas que Transformam
Iniciativa de impacto na comunidade Vergel do Lago, em Maceió (AL), o Projeto Sururu: Conchas que Transformam atua especialmente com as marisqueiras da região — atualmente, são 25 mulheres cadastradas.
O IABS, o Grupo Portobello e seus parceiros se uniram, em 2020, para dar continuidade a um trabalho iniciado em 2017, a partir do aproveitamento das conchas do sururu. O propósito é gerar alternativas de renda, trazer mais qualidade de vida para a comunidade e diminuir os impactos ambientais do descarte das conchas de sururu nas ruas do bairro.
No Entreposto do Sururu, unidade fabril gerida pela IABS Empresa Social, as conchas do sururu são matéria-prima para produtos da construção civil, como o Cobogó Mundaú e os revestimentos Solar e Fita.
Saiba mais sobre o Projeto em: https://iabs.org.br/projeto/projeto-sururu/