11º Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido traz reflexões sobre combate à desertificação

Evento aconteceu presencialmente no Centro Xingó, em Piranhas (AL), e também foi transmitido pelo YouTube

Nos dias 18 e 19 de setembro, aconteceu o 11º Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido, no Centro Xingó, em Piranhas (AL). A edição trouxe o tema central “Inovação e Boas Práticas Produtivas no Combate à Desertificação” com mesas inspiradoras e diversas palestras em torno dos principais desafios no semiárido brasileiro, desde a desertificação à implementação de práticas produtivas sustentáveis. Foram mais de 160 inscritos e mais de 100 participantes presenciais em cada dia do Seminário, entre profissionais, estudantes, agricultores(as) e demais interessados no desenvolvimento sustentável do semiárido.

O Seminário também foi transmitido ao vivo pelo canal do IABSTV, no YouTube, reunindo diversos espectadores online. As transmissões ainda estão disponíveis e podem ser assistidas abaixo:

Uma das principais discussões durante o evento foi a de construção de políticas públicas no combate à desertificação. Sobre o assunto, o Diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Alexandre Pires, destaca: “Estamos falando de um território que o povo aprendeu a conviver com esse ambiente afetado pelas secas, pela estiagem e a degradação da terra. Com essas iniciativas da sociedade civil e do governo, nós conseguimos avançar em uma série de políticas públicas que mostram que o semiárido e a caatinga podem ser lugares muito prósperos”. Ele completa: “O aprendizado dos povos desses territórios são aprendizados que podem servir de exemplo de inspiração para o contexto de mudanças climáticas e enfrentamento à seca não só aqui, mas no Brasil inteiro.

Uma das participantes do 11º Seminário foi Camila Gonzaga, presidente da Associação dos Agricultores Familiares do Canal do Sertão (AAFCS) – Associação esta que foi escolhida para receber a taxa solidária deste ano. “Esse ano o Seminário está sendo um grande aprendizado com vários mestres. Cada um tem uma história diferente, então quando nós juntamos esses conhecimentos, agrega valor. A gente não pode só ouvir e deixar quieto, temos que levar esses conhecimentos para a vida e repassar para todos que conhecemos“, compartilha Camila.

Compartilhamento de saberes

Além das mesas de debate, durante toda a programação aconteceu a “Mostra e Cine LabSOLar+”, com a apresentação dos resultados das pesquisas realizadas pelo Observatório das Dinâmicas Socioambientais no Bioma Caatinga (INCT-Odisseia), por meio de uma perspectiva audiovisual. Esta interação reforçou o protagonismo das mulheres e jovens na sustentabilidade, além da garantia da segurança energética, hídrica e alimentar no Semiárido.

A nossa iniciativa é trazer sistemas fotovoltaicos para viabilizar a questão da segurança energética, mas não é só a segurança energética, que por si só já é fundamental e extremamente importante, é justamente potencializar o desenvolvimento das famílias agricultoras. Com os nossos resultados, a gente consegue aumentar a segurança energética e, em função disso, trazer mais água, trazer mais alimentos e propor que essas famílias tenham maior qualidade de vida, trazendo também a sustentabilidade para os seus empreendimentos”, ressalta Daniela Nogueira, Pesquisadora do Observatório das Dinâmicas Socioambientais (INCT – Odisseia) e pesquisadora sênior no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB).

Outro momento de integração durante o Seminário foram as trocas culturais durante a “Feira de Saberes e Sabores do Semiárido”, que contou com a participação de artesãs e artesãos da região.

Sobre a importância de compartilhar experiências a partir de eventos e iniciativas como essas, o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), Luís Tadeu Assad compartilha: “Nós precisamos sempre nos conectar com aquele propósito que queremos entregar a partir de uma iniciativa como o Centro Xingó. E é lindo ver essa conexão entre especialistas e pessoas da comunidade, é assim que vimos que inovações e tecnologias são necessárias para podermos falar de semiárido.

Realizado anualmente, o Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido promove a troca de conhecimentos, de experiências, e o desenvolvimento de pessoas para atuar em prol da convivência com o Semiárido brasileiro.

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